Matrinchãs e Dourados

Matrinchãs e Dourados



Eu e o Rafael estivemos pinchando no São Francisco por 4 dias. Por pouco não encontramos os colegas desse site que lá estavam. 

No dia anterior a nossa ida, ligamos para o Piloteiro Marquinho e o mesmo nos informa que as condições do rio estavam boas para a pesca.

O Rafael passa em casa e resolvemos ir com o carro dele. Viagem tranquila e após 900 km percorridos, chegamos ao nosso destino. E com nós, chega também a chuva ...

Primeiro dia:

Depois de uma noite inteira de chuva, pela manhã o rio amanhece com a água turva, "mais ou menos pescavel" na margem esquerda rio abaixo e impossível de ser pinchada na margem direita. Sem preguiça nem desculpas partimos para o trabalho.

Nosso principal objetivo eram os Dourados, porém mesmo utilizando grandes streamers e linhas de afundamento rápido, o dia foi das Matrinchãs. Elas estavam presentes a partir do trecho conhecido como Três Moitas até o Pontal do Abaeté. Tinham um bom porte e estavam em grandes quantidades, dando trabalho e proporcionando brigas memoráveis mesmo para as varas de numeração #8.

Com o grande piloteiro Marquinho



Interessante foi perceber que os pequenos e, de certa forma "irritantes" douradinhos não estavam naquele trecho do rio.



O único Dourado que nos encorajou a bater foto foi encontrado abaixo do pontal do Abaeté.



Segundo dia: 

A noite voltou a chover e dessa vez foram umas três horas de muita água.

Então a coisa se inverteu, pois as chuvas ocorreram com grande intensidade nos afluentes da margem direita rio abaixo. Dessa forma, partimos para a pesca na margem esquerda.

O dia foi meio fraco de peixe mas saiu um número razoável Matrinchãs, e uns poucos Dourados pequenos.





Isso encorajou o Rafael a montar um equipamento mais ou menos #6 (Sage Bass) e pescar umas matracas bem encostadinhas na margem, embaixo das estruturas, utilizando a imitação de um grande grilo atado em EVA. Arremessos precisos sob as árvores e boas pancadas na superfície. Achei bem legal ver aquilo, porém continuei tentando uns amarelos. 


A imitação de grilo na boca da Matrinchã


Isso incentivou o Rafael a atar mais umas imitações e creio que essa, apesar de grande, ficou bem realista (ah,ah,ah !!!)

Aves:




A briga dos tucanos!

Terceiro dia:

Enfim uma noite sem chuva, o que nos permitiu pescar em ambas as margens do rio. Dia estável, equilibrando a captura com alguns Dourados interessantes e muitas Matrinchãs.

 

Em um determinado momento deu um pé d´água danado. Colocamos nossas capas, esperamos a chuva passar e começamos a pinchar assim que possível.

Quarto dia:

Além de não chover, o sol saiu e podemos nos divertir por todo o dia com os Dourados. Como dito inicialmente, eles se encontravam a partir do Pontal do Abaeté até uns 5 km rio abaixo.

Saguis


Garça

Enfim, a pescaria foi muito legal com muita Matrinchã capturada, sendo algumas de bom porte e de quebra alguns Dourados interessantes. Apesar de não ter saído nenhum troféu na mão, vimos alguns grandes peixes que, nesse ano resolveram não dar as caras para as fotos.

Materiais:

As fantásticas XI3 e TCX #8 que dificultam a vida dos amarelos, acompanhadas de linhas cabeça de tiro com afundamento rápido, presas a running line. As moscas foram Articulados M´Longo, com muito brilho principalmente na cor amarela, atadas com anzol 3/0. Exceção apenas para o meio período que o Rafael pescou com uma Sage Bass na superfície dezenas de Matrinchãs com um tipo de grilo feito em EVA.

Abraços,

Relato by
Marcelo Longo